Na cadeia de reciclagem, o que são resíduos sólidos e suas classificações?

Já faz algum tempo que ouvimos falar sobre isso, mas não entendemos profundamente o tema. Se alguém te perguntasse, agora (e sem direito a consulta!), o que são resíduos sólidos, você saberia responder com certeza? Provavelmente haveria uma associação ao lixo, não é? Afinal, se eu “joguei fora”, deve ter virado lixo. Mas essa conclusão está errada, sabe por quê?

Esses resíduos são aqueles materiais, substâncias, objetos ou bens que vão parar no lixo porque não têm mais serventia, seja por estarem usados, quebrados, ou por não terem mais utilidade para você. Ok, até aí temos um consenso. Agora é que vem a grande questão: ao serem descartados, eles muitas vezes podem ganhar outros significados, tornando-se matéria-prima para um novo produto ou processo. E como? Muito simples: por meio da nossa querida e amiga reciclagem, ação que tem enorme importância o impacto – e não apenas para o meio ambiente, viu? Também existem ganhos sociais ao incentivar a reciclagem.

 

Conheça as classificações de resíduos sólidos

A ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas, é o órgão responsável pela normalização técnica no Brasil e categoriza os resíduos sólidos de acordo com seus riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública  (sim, nem todos são seguros para manusear!), para que possam ser gerenciados adequadamente. De acordo com isso, existem: Classe 1, perigosos (que apresentam periculosidade, inflamabilidade, corrosividade, reatividade, patogenicidade); e Classe 2, não perigosos (sem risco à saúde pública ou meio ambiente, divididos ainda entre inertes e não inertes). Vamos falar de alguns deles neste texto.

Hoje vamos falar da Classe 2, de resíduos não perigosos. Eles são classificados em seis categorias, que determinam seus aspectos e ajudam no manejo após o descarte. Conheça alguns:

  1. Matéria orgânica (restos de comida);
  2. Papel e papelão (caixas, embalagens, jornais);
  3. Plástico (garrafas e embalagens);
  4. Vidro (garrafas, copos, frascos);
  5. Metais (latas);
  6. Outros (roupas, eletroeletrônicos, resíduos hospitalares e nucleares etc.).

A grande maioria desses materiais pode ser reaproveitada ou reutilizada de alguma forma e tem valor para as empresas e operadores que atuam no setor da reciclagem. As embalagens (compostas de papel, metal, vidro e plástico), por exemplo, devem ser separadas e entregues à coleta seletiva. Eletrônicos e medicamentos, por sua vez, não entram neste caso, pois devem chegar às empresas responsáveis pela sua correta destinação.

 

Quais resíduos sólidos não podem ser descartados no lixo comum

Úmidos/orgânicos: aqui entram, normalmente, os restos de alimentos, lixo de banheiro, bitucas de cigarro e outros materiais que não têm mais utilidade. São de origem animal ou vegetal, que tenham componentes biológicos. Também chamamos de lixo orgânico. embora pareçam mais inofensivos, os impactos que geram na natureza são graves, pois podem ocasionar a formação de gases e o mau cheiro, além do famoso chorume, um líquido que pode contaminar animais e favorecer o surgimentos de insetos, como baratas. Por isso, é necessário dar um destino correto.

Eletrônicos: todo mundo guarda em casa algum eletroeletrônico que não usa mais. Tomar o cuidado de não jogar no lixo comum é muito importante. Aqui estamos falando de pilhas e baterias, além de outros aparelhos que precisam de energia para funcionar, como celulares, computadores, secadores de cabelo, carregadores, aparelhos domésticos e de cozinha, entre outros. Popularmente conhecido como lixo eletrônico, esse resíduo pode contaminar o solo, a água, a flora e a fauna, se não for descartado corretamente. Existem pontos de coleta específicos para este fim, basta procurar um que esteja próximo de você.

Medicamentos: também temos esse tipo de resíduo. Os remédios jamais devem ser jogados no lixo comum ou no curso d‘água, pois são perigosos. Como são produtos químicos, podem contaminar o solo, os rios e os oceanos, sendo um prejuízo ao meio ambiente. Para dar a destinação correta para os comprimidos ou outros medicamentos não utilizados, procure uma farmácia.

Agora que você já sabe que nem tudo deve ser jogado no lixo comum, é só colocar em prática. O descarte correto e outros hábitos sustentáveis (como a compostagem ou projetos que reutilizam resíduos que seriam descartados) são uma parte importante do nosso dia a dia para garantirmos um futuro para as próximas gerações.

Não esqueça que suas ações são muito importantes e podem inspirar outras pessoas! Que tal contar para os amigos e incentivá-los também? Vamos nessa!